Como se preparar para a Festa
da Divina Misericórdia
Festa no domingo depois
da Páscoa
O Domingo da
Divina Misericórdia apresenta-nos o amor misericordioso de Deus que
se encontra por trás de todo o Mistério Pascal – o mistério da
morte, do sepultamento e da ressurreição de Cristo – que se torna
presente para nós na Eucaristia. A Santa Sé não atribuiu esse título
ao Segundo Domingo da Páscoa apenas como uma opção, para aquelas
dioceses que gostam desse tipo de coisa! Domingo da Divina
Misericórdia, portanto, não é um título opcional para essa
solenidade; antes, Divina Misericórdia é o segundo nome para esse
Dia Festivo. Isso significa que pregar sobre a misericórdia de Deus
também não é apenas uma opção para o clero nesse dia, mas que isso é
firmemente estimulado.
Graças especiais estão presentes na Festa
De acordo com o Diário de Santa Faustina, Jesus Cristo fez uma
promessa especial, que ela devia comunicar ao mundo inteiro:
Minha filha, fala a todo o mundo da Minha inconcebível
misericórdia. Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e
abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste
dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo
um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha
misericórdia. (Diário, 699)
Em três passagens do seu Diário, Santa Faustina registra uma
promessa de nosso Senhor de graças específicas e extraordinárias que
Ele tornará acessíveis através da devota recepção da Santa Comunhão
nesse Dia da Festa; verdadeiramente, um oceano inteiro de graças se
encerra nessas promessas:
Desejo conceder indulgência plenária às almas que se confessarem e
receberem a Santa Comunhão na Festa da Minha misericórdia (Diário,
1109).
Aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará
perdão total das culpas e penas (Diário, 300).
A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e
das penas (Diário, 699).
Preparação para o Domingo da Divina Misericórdia
Considerando que a disposição de confiança é absolutamente
necessária para que a alma devota se habilite para receber todas as
graças que o Senhor deseja derramar sobre ela no Domingo da
Misericórdia, pode-se dizer que todo o tempo de preparação para essa
Festa, da mesma forma que a sua própria celebração litúrgica, deve
ser encaminhado pelos fiéis na direção do fortalecimento da
confiança na Divina Misericórdia. Aqui, novamente, a exposição e
a veneração da Imagem desempenham um papel importante, visto que
de certa forma isso fala ao coração num nível mais profundo do que
simples palavras. A Imagem, como qualquer bom ícone, confronta a
alma que reza e que adora com o amor misericordioso de Cristo, e a
sua própria inscrição “Jesus, eu confio em Vós!” estimula a alma a
responder ao Seu convite com confiança. Por essa razão, é altamente recomendável que a Imagem da Divina
Misericórdia seja exposta bem antes do próprio Dia da Festa ou,
melhor ainda, que tal imagem esteja em permanente exposição em todas
as igrejas, para a edificação dos fiéis.
Cristo nunca
pediu especificamente aos fiéis para se confessarem no próprio Dia
da Festa (o que, na prática, seria um peso impossível imposto aos
pastores). De fato, a própria Santa Faustina fez a sua confissão no
sábado antes do Domingo da Misericórdia (Diário, 1072). Quaisquer
que sejam as ocasiões de confissão oferecidas, o importante é que o
fiel seja estimulado a vir no Domingo da Misericórdia em estado de
graça, tendo confessado pelo menos todos os pecados mortais e
confiando na Misericórdia de Deus. Assim, para a adequada
observância da Festa da Misericórdia, devemos: 1. celebrar a Festa no domingo depois da Páscoa;
2. Demonstrar sincero arrependimento por todos os nossos pecados;
3. colocar toda a nossa confiança em Jesus;
4. confessar-nos, de preferência antes desse Domingo;
5. receber a Santa Comunhão no dia da Festa;
6. venerar a imagem da Divina Misericórdia (Venerar uma imagem
significa simplesmente realizar algum ato ou fazer algum gesto de
profundo respeito religioso em relação a ela em razão da pessoa que
representa, nesse caso, nosso Misericordiosíssimo Salvador);
7. ser misericordiosos para com os outros, através das nossas ações,
palavras e orações em seu benefício.
Contamos com
a ajuda de todos os devotos de Jesus Misericordioso na preparação
deste grande presente que Jesus oferece à humanidade, como última
tábua de salvação. Estaremos unidos pela oração e, sobretudo pela
Eucaristia: “Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus
Cristo, oferecido em expiação dos nossos pecados e dos do mundo
inteiro”. Trecho de “Entendendo a Festa da Divina Misericórdia”, Robert
Stackpole.